segunda-feira, 2 de março de 2009

O que fazemos hoje, projecta-se pelo infinito...

Nos meses de Inverno gosto de ir ao cinema no final de Domingo, mesmo no final da tardinha, naquela hora em que ainda não acabou o fim de semana, mas o final já é antecipado.
Este domingo tive uma boa surpresa.
Não por comparação aos filmes que tenho visto (tenho gostado de todos), mas sobretudo porque a expectativa era baixa, embora a curiosidade suficiente para me fazer comprar o bilhete.
Gostei muito, mesmo muito do filme. Tocou-me. Fez-me chorar.
O filme é sobre um lutador de wrestling, mas que poderia ser carpiteiro, futebolista ou o vizinho. Porque o filme é sobre tudo, menos wrestling.
Um homem que teve durante vários anos o reconhecimento do público e do que os que o rodeavam, passando pela vida com a soberba de quem não precisa de nada nem de ninguem por que se "auto-alimenta" da sua vaidade, cheio de sí próprio e tratando com pouco cuidado os que o amavam de uma forma ou outra.
A mensagem do filme, para mim, e a qual eu achei muitissimo bem retratada, é que chega um dia em que colhemos o que fomos plantando... e quem não plantou, não recebe.
Quem não cuidou, não é cuidado. Quem magoou, não recebe afecto.
Existem coisas que quando são quebradas, não se reconstroem.
E não podemos passar a vida a falhar com os outros, a magoa-los e depois esperar que eles estejam lá para nós.
Porque há um dia em que nos cansamos... e já não esperamos mais...


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